Capitulo 16 - Os acasos da Vida


– Capitulo 16 –
Capitulo 16- “ATRASOU

Tinha furacão por perto e eu sabia que tinha que o enfrentar. Só não sabia como.
Depois que o Justin foi embora, tento formar palavra por palavra até conseguir uma boa forma de poder sentar e conversar com o Zayn, da melhor maneira possível de não cometer mais um dos meus erros na minha lista, que é enorme.


Por fim estamos sentados nas escadas de forma que ninguém esteja ouvindo nossa conversa. Tento com poucas palavras mostrar meu lado na história. Não é lá muito fácil dizes que eu simplesmente fui pra cama com o amigo dele.
Por um lado pensei que ele nunca mais iria querer olhar na minha cara novamente e que ali era o fim... Mais para minha graça, não.
Por um lado (novamente) ele ‘conseguiu’ entender, mais aceitar...
Ele parecia meio distante. Como se o mundo não existisse. Afinal, o universo, as estrelas e toda a constelação desabaram em sua cabeça.
Eu: Você esta com raiva, né?
Ele: Pode ser. –diz olhando pro chão.
 Eu: Acho melhor eu... –me levanto limpando a parte de traz da roupa. Eu... Te deixar sozinho.
Ele balança em sinal positivo com a cabeça.
Eu(cont.): Érr... Eu já vou. Tchau. –saio

Quatro semanas Depois.
Por fim ele sabia o que queria. Um tempo. Mais ele não pediu nem se quer ligou, e a partir daí, nunca mais o vi.
Depois da nossa conversa, veio uma turnê nova, e seu novo disco, novas músicas e tudo voltaram a holofotes e gritos histéricos das fãs.
Eu acho que deixei no mínimo 15 mensagens na caixa postal em apenas um dia. E as mesmas palavras:
“Oi... err... sou eu. Quero muito falar com você. Me liga se poder”
Mais ele nunca ligou. Ele praticamente sumiu da minha vida. COMPLETAMENTE.
Durante todas essas quatro semanas eu conversei com a Kátia e abri o jogo pra ela. Contei tudo e muito mais. Muito mais do que ela aguentaria.
Foi como se eu tirasse o peso das minhas costas e colocasse nas dela.
Foi algo que a fez parar e pensar no quanto foi irresponsável, e por isso me deixou de castigo... Bom... Pelo resto da minha vida.
E ela sabe que sou velha e crescida de mais pra ter castigo, mais ela não conseguia enxergar outra solução.
Ela nunca teve filhos ou algum dia se casou por isso sua maturidade não é tão elevada ao ponto de cuidar de uma ‘quase adulta’ como eu, principalmente com todos os meus problemas.
Ela pensou em me levar ao psicólogo, e me colocar em um colégio interno mais sabia que iria ser demais.
Pelo menos não me privou de poder ver a Bianca nem o Paul.
Nunca pensei que a Bia mudaria tanto. E posso confessar que ela ficou linda. E o Paul... bem... Ele está apaixonado (de novo) por uma mulher mistério que ele nunca conta.
A Kath voltou. Descobriu que não dá pra conviver como a filhinha da família junto com seus pais. E como sempre, em sua bagagem trouxe minhas lindas e fofas cabecinhas amarelas, ou melhor, Janna, Jack e Julie.
Elas passavam a frequentar mais minha casa do que as baladas já que eu não podia ir elas ficavam comigo e faziam uma mini festinha entre nós.

Parece que por um momento, enquanto o Zayn saia da minha vida, a vida voltava pra mim.
Mais ainda tinha um campo vazio que precisa de apenas uma resposta pra continuar a viver: “Acabou mesmo?


Quando a poeira abaixou, não demorou mais que uma semana até eu sair do castigo com algumas exceções, a primeira coisa que fiz foi correr pro corredor encontrar a Kath pra sair, afinal somos vizinhas agora.
Encontramos a Jenna e a Bia no Hall do prédio e vamos às compras.
 Meu aniversário é amanhã e nada melhor que gastar muito dinheiro.
Andamos feito loucas por todos os corredores e andares do shopping até encontrar a Jack e a Julie na loja Choies – uma abreviatura adequada aos padrões afiliados de Londres e Itália.
Entramos e olhamos as variedades de múltiplas escolhas de saltos e sapatos. Fico durante todo o tempo que as meninas estão olhando os saltos, sentada em uma das cadeiras de provadores olhando fixamente pra farmácia do outro lado da escada.
Bia: Ei!
Eu: Haa, o que?
 Bia: Qual o melhor? O azul claro ou o turquesa?
Eu: Sério mesmo?
Ela: Sim! –diz como se não estivesse obvio.
Eu: Os dois são da mesma cor! Só muda que o azul claro é um pouco mais claro que o turquesa!
Ela: Assassina de lá mode!
Eu: Sei que sou... Haa... Olha minhas coisas aqui rapidinho. Esqueci de comprar absorvente.
Ela; Ta... Vai logo. –diz entediada por ter que esperar.
Corro quase lentamente entre as pessoas ao meu lado, pedindo licença a cada uma. Atravesso o corredor e entro na farmácia.
Passo rapidamente os olhos por algumas prateleiras, ignorando cada numero ou letra, apenas desejando encontrar rapidamente.
Pego um pacote e passo no balcão junto de algumas balas.
Observo a moça que me atende no caixa, cabelos escuros soltos até os ombros de pele clara, com a franja rasurando o olho enquanto se solta da presilha que a segura, de uniforme amarelo e maquiagem clara.
Uma menina jovem aparentemente de uns 17 anos, que se esforça o bastante pra sorrir.
Ela passa as balas sem ao menos contar quanto deu e coloca tudo em uma sacola pequena enquanto dou o dinheiro a ela.
Eu já estou quase saindo quando ouso:
Xxx: ESPERA!
Viro-me enquanto volto até o caixa.

Eu: Sim?
Ela: Eu te conheço de algum lugar? –diz franzindo as sobrancelhas sorrindo, querendo ser discreta e educada.
Eu: Bom... Acho que sim. Talvez dos noticiários, não sei. -gif.

Ela: Não... Acho que... Bom não consigo me lembrar... SIM, somos da mesma escola. -gif.

Eu: Haa -digo nem um pouco contagiada. Que bom.
Ela: Mais você não teria me notado mesmo... na verdade, ninguém me nota. Sou invisível quase.
Eu: Haa... –digo já cansada.
Ela nota que não estou dando a mínima pro que ela esta falado.
Me encara depois olha pra sacola e novamente pra mim, me deixando assustada.

Eu: Acho melhor eu ir...
Ela: Há claro -olha pro balcão depois pra mim.
Ando até certo ponto da farmácia quando ela fala:
Ela: Você sabe que não vai precisar disso!
Eu: Como? –não entendo com o que ela quis dizer ‘não precisar’.
Volto até o balcão novamente mais assustada ainda.

Ela: Disso –olha pra sacola. Nós duas sabemos que você não precisa.
Olho atentamente pra ela enquanto arqueio as sobrancelhas e coloco a cabeça pra traz.

Eu: Pera ai, mais como ass... –me interrompe.
Ela: Você sabe que não vai ter que usar, já que esta atrasado a mais de cinco semanas.
Eu: O que? -gif


Eu(cont.): Co...
Ela: Como eu sei? –ri. Eu sei tudo sobre você. Toda a sua vida, como chegou aqui, do hospital, sua família,como voltou, sua mãe, seu...
Eu: Você não sabe NADA SOBRE MIM, MUITO MENOS DA MINHA MÃE E DA MINHA FAMÍLIA! –fico irritada.

Ela: Há... Desculpe-me... Eu acho que estou te assustando -gif... Não é claro que vc esta assustando ela sua idiota. –diz pra ela mesma.

Eu: Vai pro inferno! –saio sem ao menos olhar pra trás.
Ela age normalmente como se nada estivesse acontecido já que um cliente cola no balcão quando saio.

Volto o mais rápido que consigo pra loja mais não encontro as meninas.
Procuro por todos os lados e nada. Fico ao ponto do desespero olhando por todos os lados como se o mundo estivesse girando ao meu redor naquele momento.
Sinto uma mão fria em meus ombros e quando me viro contenho um grito que estava pra dar.
Bia: Suas compras -me olha com uma cara estranha. Viu um fantasma? Me fala onde que eu preciso de um novo bichinho de estimação! -brinca.
Eu: Haa. –solto o ar de dentro dos pulmões como se estivesse acabado de ficar com falta de ar. Valeu.
Andamos mais um pouco pelo shopping depois voltamos pra minha casa pra provar todas as coisas que compramos.
Depois de algumas horas elas vão embora me deixando só com a Bia.
Como todas as noites antes dela ir embora nós duas desabafamos juntas, e agora, ela virou meu diário humano.
Ela: O que esta fazendo?
Eu: Pegando meu Diário. –digo imóvel enquanto seguro o quadro onde escondo meu diário atrás.
Ela: Você ainda usa isso? –diz sem acreditar.
Eu: Sim, pq?
Ela: Isso é tão... –procura palavras. Antigo! Hoje ninguém mais usa isso. Eles usam pessoas. Tipo eu. A semana inteira eu tenho sido seu diário como vc o meu!
Eu: Tudo bem! –gif

Ela: Anda desembucha.
Eu: Você ainda fala assim?
Ela: Qual o problema?
Eu: Nada... Isso é tão... Antigo! –ela joga o travesseiro em mim.
Ela: Vai logo!
Eu: Ta... –me deito ao lado dela olhando pro teto.
Ela liga um gravador que sempre usa pra gravar nossas conversas e principalmente nossos segredos.
Eu(cont.): Você tem mesmo que ligar isso?
Ela: Claro! Isso é meu diário... E caso algum dia você me der um pé na bunda eu vou ter argumentos pra te chantagear.
Eu: Você não presta!
Ela: Sei que não. Mais vai logo... Gravando em 3,2...
Eu: Ok... Depois que eu decidi continuar a aceitar o comportamento do Zayn eu continuo na depressão de sempre. Mais parece que esta ficando cada vez mais forte. É como se estivesse presa a isso. E quanto mais tempo passa eu sofro mais...
Ela: seus braços, fala dos seus braços! –sussurra
Eu: E eu me corto! Satisfeita? –olho pra ela que me manda falar mais. Tudo bem... Eu me corto e muito. Virou um vicio! Meus braços e minhas pernas estão marcados por dor e sofrimento. Até parece que eu voltei no tempo... Antes dos meus pais morrerem. De quando eu tentava me matar pra poder encontrar o Jeremy. -termino
Ela: Eu sou dependente de nicotina. Fumo escondida do Paul.
Eu: O QUE?
Ela: Ta parecendo à hora da verdade, então eu to meio que... Falando a verdade. Me entende?
Eu: Acho melhor você parar de fumar se não eu mesma faço!
Ela: Tudo bem... Mais não te prometo nada.
Eu: Por favor? –olho pra ela com minha famosa cara de cão sem dono.
Ela: - pensa emburrada. TÁ.
Eu: Mesmo?! Jura de dedinho?
Ela: Juro de dedinho -entrelaça o dedinho comigo como se estivesse fazendo as passes de novo.
Eu me levanto e encaro a sacola.
Eu: Tem mais uma coisa.
Ela: Fala.
Eu: Ta atrasado.
Ela: O que ta atrasado? –se levanta.
Eu: Faz cinco semanas que não desce.
Ela: Ó meu Deus!
Eu: Mais isso é normal, não é?
Ela: Eu não diria o mesmo! Fez o teste de gravidez? Ta enjoada? Já comeu alguma coisa? –se aproxima de mim e arregala meus olhos como uma doutora. Você não come há quanto tempo? Suas pálpebras estão quase brancas.
Eu: É justamente isso. Eu tenho medo... muito medo. Eu acho que sim, mais queria que não. Então eu parei de comer. Só consigo comer ovo... e eu não to grávida.
Ela: Tem certeza?
Eu: Claro! Já fiz o teste!
Ela: Ta de brincadeira com a minha cara! Os testes são uma porcaria. Sempre dão errados. Lembra quando achei que estava grávida? E que eu me ajoelhei pedindo desculpas pro Paul e só depois descobri que não estava. Fiquei de castigo por um ano! Aliais, eu só tinha 16 anos.
Eu: E me dava muito problema, né senhorita Bianca!
Ela: Pois é. Mais não estamos aqui pra falar de mim! –me arrasta pelo braço. Precisamos ir no médico!
Eu: NÃO! EU NÃO ESTOU GRÁVIDA, BIA!
 Ela; Nunca se sabe querida! Vamos, por favor!
Eu: Tudo bem. Mais só pra te mostrar que eu não estou!




Eu Disse que não iria prometer nada, mais... EU CONSEGUI!
Publiquei duas postagens em menos de 10 minutos, olha que coisa mais linda -só.òquenão
BOM, ESPERO QUE TUDO CONTINUE ASSIM. 
BEJ.OCAS da Endyy